
LARINGOLOGIA
A Laringologia é a área da otorrinolaringologia voltada para o diagnóstico e tratamento das enfermidades da laringe. As principais doenças avaliadas pelo laringologista são: disfonia (rouquidão), laringites, destacando-se a causada pela doença do refluxo laringofaríngeo (tosse seca, pigarro, desconforto laríngeo) e disfagia (dificuldade para engolir). O ambulatório de laringologia é formado por equipe multidisciplinar incluindo otorrinos e fonoaudiólogos.
Os exames realizados para o diagnóstico do paciente incluem a videolaringoscopia com endoscópio flexível, a videolaringoestroboscopia com endoscópio rígido e videoendoscopia da deglutição (VED).
Após o estabelecimento do diagnóstico as estratégias de tratamento podem ser definidas através de conduta clínica, acompanhamento fonoaudiológico, aplicação de materiais, como toxina botulínica, ácido hialurônico e/ou microcirurgia da laringe.
DISFONIA
A disfonia ou rouquidão ocorre devido alteração na qualidade vocal e pode ser temporária ou permanente. Nos distúrbios da voz a avaliação médica especializada tem como objetivo o exame da laringe e estruturas vizinhas, pois diversas doenças podem afetar a laringe principalmente em profissionais que dependem da voz como instrumento de trabalho.
Os exames utilizados para o diagnóstico do paciente disfônico (rouco) incluem a videolaringoscopia com endoscópio flexível e a videolaringoestroboscopia com endoscópio rígido, que permitem a avaliação funcional da laringe em condições fisiológicas, além da fala e do canto. Após o estabelecimento do diagnóstico as estratégias de tratamento podem ser definidas através de conduta clínica, acompanhamento fonoaudiológico, aplicação de materiais, como toxina botulínica, ácido hialurônico e/ou microcirurgia da laringe.
DISFALGIA
Disfagia ou dificuldade para engolir pode ser referida tanto ao iniciar a deglutição (classificada em orofaríngea) como sensação de alimento retido na sua passagem da boca para o estômago (classificada como de condução), podendo acontecer com as mais variadas consistências de alimento.
A manifestação clínica da disfagia ocorre por dificuldade na mastigação, acúmulo excessivo de saliva, desconforto ou sensação de corpo estranho na garganta seguida ou não de engasgo, regurgitação nasal e tosse que pode evoluir com aumento do tempo das refeições, recusa alimentar e consequente perda de peso, e até pneumonias aspirativas.
O profissional capacitado para avaliar a deglutição é médico otorrinolaringologista e um dos primeiros exames a ser realizado para o diagnóstico é a videoendoscopia da deglutição (VED) que consiste na avaliação funcional da deglutição por nasofibroscopia com endoscópio flexível. Durante o exame são oferecidos alimentos de diferentes consistências (sólido, líquido e pastoso) avaliando o que acontece com a passagem destes pela garganta através da monitorização endoscópica.
O tratamento do paciente disfágico pode ser realizado através de modificação da dieta, manobras e medidas facilitadoras da deglutição sob supervisão e orientação de fonoaudiólogo habilitado. O uso de medicações e aplicação de toxina botulínica também são opções para diminuição da salivação em casos específicos. Alguns pacientes podem necessitar também de vias alternativas de alimentação.
TOSSE CRÔNICA
Quando a tosse dura mais de 3 meses, ele é considerada crônica. Nesses casos, é importante saber quais medicamentos o paciente usa – alguns medicamentos para hipertensão arterial podem ser causadores desse sintoma; bem como realizar avaliações da função pulmonar e um exame da laringe. Em alguns casos, laringites crônicas, como aquela secundária a doença do refluxo, podem ser as responsáveis pelo quadro. Outros pacientes podem desenvolver síndromes de hipersensibilidade laríngea, levando aos quadros de tosse e pigarro.
Algumas vezes, o sintoma pode ter mais de uma causa, levando à necessidade de associação de tratamentos.